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Impunidade: acusados de matar turista em Copacabana já tinham mais de 108 abordagens policiais

Jonathan Batista Barbosa é apontado como o autor das facadas durante assalto na praia que mataram Gabriel Mongenot; jovem estava no Rio para assistir ao show de Taylor Swift.

Jonathan (à esquerda) e Anderson: presos pela morte de Gabriel — Foto: Reprodução.

Fonte: G1


Três homens estão detidos apontados como envolvidos no latrocínio do turista sul-matogrossense Gabriel Mongenot Santana Milhomem Santos, de 25 anos. No Rio para ver o show de Taylor Swift, ele foi morto a facadas durante assalto na Praia de Copacabana, na madrugada deste domingo (19).


Dois deles haviam sido detidos logo depois do crime, ocorrido por volta das 3h, em Copacabana, que fica na Zona Sul da cidade. No fim da tarde, um terceiro suspeito foi preso, na Lapa, no Centro.


Entre os suspeitos do crime, Alan Ananias Cavalcante e Jonathan Batista Barbosa haviam deixado a cadeia horas antes do assassinato. Na sexta-feira (17), eles foram presos por um furto nas Lojas Americanas – de 80 barras de chocolate. No sábado, foram liberados pela Justiça após audiência de custódia.


Ao ser detido, Alan estava com o documento da audiência que o liberou da cadeia. Na delegacia, Alan não foi reconhecido por testemunhas, e a polícia ainda tenta entender a participação dele no latrocínio.


Juntos, mais de 100 abordagens policiais


Além deles, foi preso Anderson Henriques Brandão, reconhecido por testemunhas e que confessou participação no assalto. Ele tem 14 anotações criminais e já foi abordado 56 vezes, por atividades suspeitas, por agentes da Polícia Militar e do programa Copacabana Presente.


Anderson acusou Jonathan de dar as facadas fatais. Jonathan tem 10 anotações criminais já foi abordado 10 vezes por policiais.


Alan passou por 42 abordagens policiais devido a atividades suspeitas.


"A polícia fez a parte dela em relação a esses criminosos que foram presos mais de uma dezena de vezes. É urgente a revisão da legislação penal e processual, que é branda e lenimente, bem como os dos seus critérios de aplicação, que permitem que esse tipo de criminoso seja colocado rapidamente em liberdade e volte a praticar crimes como o de hoje", argumenta o delegado Felipe Curi, diretor do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil do Rio.

A impunidade é a mãe da violência


A Câmara dos Deputados aprovou, na madrugada do dia 1º de novembro, o PL 3780/23, de autoria do deputado federal Kim Kataguiri (União-SP), que altera o Código Penal brasileiro para aumentar as penas cominadas aos crimes de furto e roubo. As penas hoje são, respectivamente, de reclusão de 1 a 4 anos e de reclusão de 4 a 10 anos.


De acordo com o autor do PL, as atuais penas não são suficientes para coibir a ação criminosa. Ele também criticou a progressão do regime de cumprimento da pena que, pela atual sistemática, colabora para que os criminosos fiquem menos tempo na cadeia. “A certeza da impunidade faz o crime valer a pena”, escreveu o deputado na justificativa do projeto de lei.


Mas não são todos os deputados que pensam assim. Só no Rio de Janeiro, o projeto recebeu 12 votos contrários à sua aprovação.


Veja abaixo a lista de todos os deputados do Rio que votaram contra o PL 3780/23:

  • Bandeira de Mello (PSB-RJ)

  • Benedita da Silva (PT-RJ)

  • Chico Alencar (PSOL-RJ)

  • Dimas Gadelha (PT-RJ)

  • Glauber Braga (PSOL-RJ)

  • Jandira Feghali (PCdoB-RJ)

  • Laura Carneiro (PSD-RJ)

  • Lindbergh Farias (PT-RJ)

  • Pastor Henrique V. (PSOL-RJ)

  • Reimont (PT-RJ)

  • Talíria Petrone (PSOL-RJ)

  • Tarcísio Motta (PSOL-RJ)

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