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'O agredido sou eu. Eu fui a vítima', diz torcedor envolvido em briga com Marcos Braz

Leandro Campos da Silveira Gonçalves Júnior, de 22 anos, falou com a imprensa nesta sexta-feira (22), e negou ainda qualquer agressão, ofensa ou ameaça ao vice-presidente de futebol do Flamengo.

Leandro Campos falou com a imprensa nesta sexta — Foto: Gabriel Andrade/ge

Fonte: G1


"Marcos Braz, sai do Flamengo". Segundo o torcedor Leandro Campos da Silveira Gonçalves Júnior, de 22 anos, foi essa a frase que deu o estopim na briga envolvendo ele e o vice-presidente de futebol do Flamengo na terça-feira (19) em um shopping no Rio.


Leandro reuniu a imprensa nesta sexta-feira (22) para dar a sua versão dos fatos, e negou que tenha feito qualquer tipo de ameaça, ofensa ou agressão a Braz.


"Eu estava passeando no shopping, trabalho ali. Sou entregador e trabalho de bicicleta. O vi dentro da loja e falei a seguinte: 'Marcos Braz, sai do Flamengo'. Virei as costas e saí andando. Quando percebi que estava vindo atrás de mim foi porque a lojista gritou: 'Menino, ele está indo atrás de você'. Virei de frente para ele, ele estava de punho cerrado, dei um passo para trás, ele desequilibrou e caiu. Puxou minhas pernas e foi o momento que caí também. Ele caiu sobre minha virilha, pegou e me mordeu", disse o entregador.

Leandro contou ainda que, nesse momento, um amigo de Marcos Braz começou a chutá-lo na cabeça, mas que seguranças do shopping intervieram.


"Em nenhum momento eu o agredi", disse o entregador.

Leandro disse não saber como o dirigente machucou o nariz, que em nenhum momento viu a filha de Braz e não a ofendeu.


"O agredido fui eu. Sou vítima porque em nenhum momento eu agredi ele fisicamente ou verbalmente. Em nenhum momento eu desferi soco ou chute nele. Em nenhum momento eu vi a filha dele. Fiquei até em choque", disse sobre as agressões/abordagem que teria sofrido.

Leandro disse ainda que está com medo de sair na rua.


"Está sendo um grande problema na minha vida, estou sem trabalhar e com receio de sair na rua", disse ele, que estava acompanhado de uma advogada.


Ani Luizi de Oliveira disse que pretende representar criminalmente e e civilmente contra Marcos Braz e o amigo do dirigente, André, que teria chutado o entregador.


"O Leandro é um rapaz humilde, morador de comunidade, estava trabalhando e só externou sua insatisfação pelo momento do clube, como qualquer torcedor, quando foi agredido. Além disso, foi alvo de uma série de inverdades. Se o Braz se sentiu ameaçado, coagido, por que ele não chamou a segurança do shopping ou a polícia? Ele que meu cliente teria faltado o respeito com a filha dele, mas não declarou isso na delegacia. São muitas inverdades", disse a advogada.


Dirigente também deu sua versão


Na quinta-feira (21), o vice-presidente de futebol do Flamengo, Marcos Braz, disse que foi atacado verbalmente e ameaçado de morte por dois ou três homens quando ele via uma joia para a filha em uma loja no Barra Shopping, na Zona Oeste do RJ.


Braz apareceu com um machucado no nariz na coletiva - o laudo do IML feito na delegacia após a briga já apontava um corte na região, e uma mordida na virilha do torcedor envolvido na briga.


O dirigente rubro-negro afirmou que antes da briga, ele teria pedido para que eles respeitassem a presença de sua filha, o que foi negado.


Braz, que também é vereador, negou ainda que estivesse com seguranças no momento da pancadaria. O vereador disse que o torcedor do Flamengo ainda desrespeitou sua filha.


"Eu falei sistematicamente para ele que a minha filha estava lá e ele falou: "foda-se a sua filha".

Depois dessa frase, o vereador afirma que não lembra como foi a briga com o torcedor.


Segundo Braz, durante a confusão, ele ainda teria sido ameaço de morte e destacou que "é preparado para trabalhar" e que nunca brigou com torcedor.


"Vocês veem que eu saio procurando a minha filha [após a briga]. O meu cálculo rápido, por eu não estar com segurança e meu carro está longe, porque o Flamengo só me dá segurança em dias de jogos, foi de voltar para a loja", disse o dirigente, que completou:


"Fui ameaçado de morte do lado da minha filha de 14 anos".

Após a confusão, Braz ficou fechado em uma loja e só saiu do local escoltado por agentes do Segurança Presente, sob forte vaia e muitos xingamentos.


Ainda durante a coletiva de imprensa, Braz chegou a pedir desculpas pela confusão e comentou sobre sua falta na sessão da Câmara de Vereadores do RJ.


"[As] Terças e quintas, das 13h às 16h, você dá presença virtual para você entrar no sistema. Eu posso falar, ouvir e tenho conhecimento das pautas a serem votadas ao longo do dia. As 16h, se você não botar o dedo lá na Câmara [dos Vereadores] você toma falta e é descontado. Fizeram a matéria e só esqueceram de dar esse detalhe. Eu tomei a falta, não fiz nenhuma ilegalidade, e serei descontado", disse.
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