Polícia passou o rodo e ele perdeu a 'poze'
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O funkeiro MC Poze do Rodo, nome artístico de Marlon Brandon Coelho Couto, foi preso na madrugada desta quinta-feira (29) pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), acusado de apologia ao crime e ligação direta com o tráfico de drogas. A prisão aconteceu na casa do cantor, em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio.
Segundo a Polícia Civil, Poze é investigado por promover shows exclusivamente em áreas controladas pelo Comando Vermelho, com a presença ostensiva de traficantes armados garantindo a segurança dos eventos. A DRE afirma que as apresentações funcionam como vitrine e ferramenta de arrecadação para o crime organizado — abastecendo o caixa do tráfico com dinheiro de festas financiadas por facções.
As letras do artista também estão na mira dos investigadores. A polícia aponta que Poze incita confrontos entre facções rivais, promove o uso de drogas e armas e naturaliza a violência como parte da cultura periférica — uma apologia direta ao narcotráfico, com reflexo no cotidiano de milhares de moradores em áreas dominadas.
No dia 17 de maio, imagens de um baile funk na Cidade de Deus mostraram traficantes desfilando com fuzis entre o público durante um show de Poze. O caso virou alvo da Polícia Civil, que passou a investigar a origem do financiamento e a identificação dos criminosos armados.
Dois dias depois, uma operação na mesma região foi deflagrada após o assassinato de um policial civil durante uma fiscalização contra a venda de gelo contaminado nas praias da Barra e do Recreio.
Poze, que se vende como voz da favela, agora precisa explicar à Justiça por que seus palcos viraram trincheiras.
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