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Política de segurança pública com base na realidade das ruas

Em artigo, o deputado Rodrigo Amorim (PTB) fala sobre os dois maiores enganos cometidos pela esquerda quando o assunto é Segurança Pública.

Crédito: divulgação/Alerj

Deputado Rodrigo Amorim para o jornal O Fluminense


Quando falamos em Segurança Pública, há dois enganos cometidos frequentemente por pessoas ligadas à esquerda - ainda que os políticos deste espectro ideológico estejam cada vez mais entendendo que a realidade não é algo exato. O primeiro engano muito comum é pensar que a Segurança Pública se restringe a impor controle externo sobre as polícias. E o segundo é pensar que a direita só pensa em extermínio como política de Segurança Pública (o que em tese nos levaria a detestar a obsessão pelo controle externo).


As duas assertivas estão equivocadas e, historicamente, é o que levam o Rio de Janeiro a uma eterna Pedra de Sísifo (personagem mitológico que passa a eternidade empurrando uma pedra até o alto de um morro e a vê descer tudo de novo) na área de Segurança. Para ser mais preciso, um pêndulo entre uma política agressiva demais e outra que é leniente sob a égide do "comunitário" - como nos tempos do governador Leonel Brizola.


Nós da direita defendemos é a integridade física do agente de Segurança Pública, esta é a base da nossa filosofia. A polícia é a nossa última muralha antes do caos, e seus agentes, como tal, precisam ser preservados e defendidos. Num confronto urbano com narcotraficantes portando armas longas (fuzis, carabinas) e até explosivos, muitas vezes a única defesa do policial é o ataque. Ou ele mata, ou ele morre. E nós da direita entendemos que entre chorar a mulher do policial e chorar a mãe do bandido, que seja dado a esta última um caminhão de lenços. E é nisto que somos mal interpretados: ninguém defende um extermínio, e sim a vida dos policiais a qualquer preço!


Somos contra as câmeras nas fardas? Não exatamente. Somos a favor de discutir como deve ser feito isso, de que maneira as imagens serão obtidas e o que poderá ser feito com elas. Ter câmeras só para que a esquerda utilize as imagens para mais uma vez atacar a instituição policial é um desserviço para o cidadão de bem. Sim para a transparência, não para o sensacionalismo barato e a mania de denegrir nossas corporações policiais.


É por isso que neste cenário o PL 5922/2022 ganha uma importância extraordinária. Trata-se de uma proposta de lei que vai abrir espaço no Conselho Estadual de Segurança Pública e Defesa Social do Estado, o Consperj, para integrantes do setor produtivo. O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Rodrigo Bacelar, assina o projeto em pessoa - bem como este que vos escreve e os deputados estaduais Anderson Moraes e Márcio Gualberto. A partir da aprovação, teremos no conselho a presença de vários setores: Firjan, Fecomércio (que, por sinal, já foi uma grande apoiadora do Programa Segurança Presente); Sindicargas; Clube dos Diretores Lojistas; associações de hotéis, bares, restaurantes, shoppings centers, comércio farmacêutico; sindicatos de delegados, policiais civis e penais, servidores socioeducativos e estabelecimentos de ensino, dentre outros.


Na prática, teremos um conselho que, além de atuante, é multidisciplinar, abrangente, com condições de ajudar o Poder Executivo a pensar boas políticas que interrompam, não só o "pêndulo" como também o eterno ciclo vicioso: quanto menos prosperidade, mais crime e quanto mais crime, menos prosperidade. Uma bola de neve manchada de sangue.


Interrompendo esse cíclo, o Rio de Janeiro tem todas as condições de estabelecer uma política de Segurança definitiva, pois será fundamentada na leitura da realidade, como convém ao centro e à direita. Teremos em um conselho, opinando sobre Segurança, pessoas que "colocam a pele", ou "skin on the game", como diz o escritor Nassim Nicholas Taleb. É de gente que vive as ruas o tempo todo que precisamos ouvir a opinião, ouvir as histórias, se quisermos uma política de Segurança que não poupe os lobos e nem sacrifique as ovelhas.


*Rodrigo Amorim é advogado e deputado estadual

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