Vice de futebol do Flamengo e vereador, Braz brigou com torcedor no Barra Shopping, na terça-feira (20). Delegacia apura agressão e ameaça após ambos registrarem queixa.
Fonte: G1
Horas depois de o registro de agressão e ameaça ser feito na 16ª DP (Barra da Tijuca), após uma briga no Barra Shopping, o vice-presidente de futebol do Flamengo, Marcos Braz, e o torcedor Leandro Campos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML), onde fizeram exame de corpo delito.
O resultado indicou que Braz, que também é vereador pelo Partido Liberal, sofreu um corte no nariz, e que o torcedor acabou levando uma mordida humana na região da virilha.
“A lesão apresentada é compatível com mordidas humanas, na região do terço superior da coxa direita”, descreve o perito, classificando a lesão como em formato ovular.
O dirigente rubro-negro, por sua vez, também acabou se ferindo na briga. O laudo do exame de corpo delito indica que Marcos Braz sofreu uma “ação contundente” e uma “ferida contida no nariz” medindo cerca de 1,5 cm.
O vereador brigou com o torcedor no Barra Shopping, na tarde de terça-feira (19). Após a confusão, Braz ficou fechado em uma loja e só saiu do local escoltado por agentes do Segurança Presente, sob forte vaia e muitos xingamentos.
Segundo testemunhas e vídeos que circularam nas redes sociais, a briga começou após o torcedor cobrar Marcos Braz sobre a situação do Flamengo, que enfrenta uma queda de rendimento e perdeu o primeiro jogo da final da Copa do Brasil, no Maracanã, para o São Paulo.
Em entrevista ao Globo Esporte, Braz disse que estava em uma loja com a filha dele, de 15 anos, quando chegaram três torcedores que se identificaram como membros de uma torcida organizada do clube, a Jovem Fla. Os três teriam pedido a demissão do técnico Jorge Sampaoli e do atacante Gabigol.
Braz alega que foi xingado, ameaçado de morte e que até sua filha foi ameaçada. Segundo ele, só após essas ameaças, ele e um amigo foram atrás dos três torcedores.
Um dos torcedores contou que gritou para Braz sair do Flamengo e, em seguida, foi agredido pelo vereador, que o mordeu.
Trancado em loja e multidão na porta
Vídeos que circulam em redes sociais mostram aglomerações no centro comercial perto da loja Pandora, onde Braz fazia compras antes da briga.
Foi dentro da loja que o vereador ficou, com as portas trancadas, até que agentes do Segurança Presente o escoltassem para sair do shopping – cerca de uma hora depois da briga. Uma multidão aguardava a saída do dirigente, que foi vaiado e xingado.
A administração do shopping informou que foi acionada devido a um desentendimento entre clientes.
"O shopping informa ainda que está prestando todo o apoio aos envolvidos e que permanece à disposição das autoridades competentes para colaborar com a apuração dos fatos", disse o centro comercial.
Falta em sessão na Câmara após presença virtual
A confusão foi durante horário de sessão na Câmara dos Vereadores, onde Braz chegou a registrar presença virtual, mas não participou de votação e levou falta.
A Câmara fica a cerca de 30 quilômetros do shopping, em um trajeto que costuma ter congestionamentos.