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CNI aponta que 56% dos empresários indicam a reforma tributária como prioridade para novo governo

Levantamento da CNI ouviu mil empresários entra 10 e 24 de agosto. Para 35% dos entrevistados, a geração de empregos depende do fortalecimento da capacitação dos trabalhadores também é fundamental no novo governo

Foto: Edilson Dantas/Infoglobo

Via Jornal O Globo


Se no atual governo a reforma da Previdência foi a prioridade, o próximo terá que concentrar esforços para aprovar no Congresso Nacional da reforma tributária. Essa é a visão dos empresários brasileiros, segundo uma pesquisa inédita da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O tema é defendido por 56% executivos do ramo industrial entrevistados pelo Instituto FSB Pesquisas.


O Instituto ouviu um universo de mil empresários de empresas de pequeno, médio e grande porte em todos os estados, entre os dias 10 e 24 de agosto.


– A reforma tributária já era citada em outras pesquisas, mas hoje ela aparece entre as prioridades para o setor industrial. Quando a gente faz pergunta para as empresas sobre os principais problemas, a questão tributária aparece como o principal problema ao impor uma série de custos – disse Marcelo Azevedo, gerente de análise econômica da CNI.

Complexo e ineficiente, o sistema tributário foi apontado como um dos principais obstáculos ao crescimento do país. A reforma foi o tema mais lembrado quando a pergunta era sobre o que precisa ser feito pelo presidente eleito para gerar empregos, reduzir e simplificar impostos e melhorar a competitividade dos produtos nacionais. Na opinião de 48% dos empresários, também é preciso reduzir os impostos sobre a folha de pagamento.


Outro tema relevante apontado pelos empresários foi a educação. Para um em cada três executivos ouvidos, a área deve ser foco de atuação do presidente que sair vencedor das urnas, antes mesmo do crescimento da economia. Para 35% dos entrevistados, a geração de empregos depende do fortalecimento da capacitação dos trabalhadores.


De acordo com a pesquisa, para 22% dos entrevistados, a educação aparece em primeiro lugar entre as áreas que mais pioraram no atual governo. Em segundo lugar aparece saúde pública, seguida pela alta da inflação. Já entre as áreas que mais avançaram estão o agronegócio e a infraestrutura.


Os empresários apontam a necessidade de investir na formação de professores e no ensino técnico e profissionalizante, sem descuidar do ensino médio. Para 35% dos entrevistados, a geração de empregos depende do fortalecimento da capacitação dos trabalhadores.


– Os empresários entendem que falta mais esforço do governo na educação básica e no ensino técnico e profissionalizante. Com a adoção de novas tecnologias, as próprias empresas fazem o treinamento dos trabalhadores, mas fica mais difícil e oneroso caso falte também um ensino básico de qualidade – destacou Azevedo.

A segurança pública também aparece com destaque no resultado da pesquisa. Para os empresários, o governo deve aumentar o efetivo de policiais, investir em equipamentos, aumentar salários da categoria, evitar que quem cometa crime fique pouco tempo na prisão, além de reformular o código penal.


Para estimular a economia, o setor produtivo indica necessidade de ampliar o acesso ao crédito, reverter a trajetória de alta dos juros e aprovar novas mudanças na legislação trabalhista.


Quase metade dos entrevistados (48%) considera a situação da economia brasileira como ótima ou boa. Do total, 35% avaliaram a economia como regular e 17%, ruim ou péssima. Um percentual relevante dos executivos também acredita que é preciso controlar os gastos públicos (24%), combater a inflação (23%), gerar empregos (23%) e reduzir as taxas de juros (17%).


Em relação ao futuro do país, a expectativa é positiva: sete em cada dez empresários estão otimistas ou muito otimistas. Um percentual ainda maior (77%) está otimista quanto ao futuro da indústria brasileira. Sobre a economia do país, 69% disseram que deve melhorar um pouco ou muito nos próximos quatro anos.


– Isso é importante porque sem esse otimismo os empresários dificilmente vão tomar a decisão de aumentar a produção, contratar e investir – concluiu Azevedo.


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