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Comércio do Rio trava em 11 pontos: estudo aponta os principais obstáculos para lojistas


Pedestre caminha em frente a comércio fechado | Foto: Rafa Pereira - Diário do Rio
Pedestre caminha em frente a comércio fechado | Foto: Rafa Pereira - Diário do Rio

A rotina de quem empreende no comércio do Rio de Janeiro continua marcada por obstáculos que vão muito além das vendas. É o que mostra o estudo “Os Gargalos do Comércio”, divulgado pelo Clube de Diretores Lojistas do Rio (CDLRio) e pelo SindilojasRio. Segundo o levantamento, onze entraves seguem emperrando o desenvolvimento do setor na capital fluminense. As informações são do Diário do Rio.


Entre os principais desafios apontados estão a alta carga tributária, os encargos trabalhistas e o alto custo dos aluguéis, que comprometem a margem de lucro e pressionam a sobrevivência dos lojistas. Soma-se a isso o excesso de burocracia, que atrasa processos simples e dificulta a regularização de atividades, além da constante dificuldade de acesso ao crédito, especialmente entre pequenos empresários.


O estudo também destaca a insegurança jurídica como fator de instabilidade, assim como a concorrência desleal com a informalidade, que cresce em meio à crise e afeta diretamente o comércio formal. Outros gargalos citados são os custos elevados com tecnologia, a instabilidade econômica do país, a baixa qualificação da mão de obra e as deficiências na infraestrutura urbana, que vão da mobilidade à conservação das áreas comerciais.


Para Aldo Gonçalves, presidente do CDLRio e do SindilojasRio, o cenário exige resiliência. “O comerciante enfrenta inúmeras barreiras, em um ambiente onde o peso do Estado, as desigualdades regionais e a concentração de renda tornam ainda mais difícil manter um negócio”, afirmou.


Assinado pelo assessor econômico Antonio Everton, o estudo critica diretamente o modelo de substituição tributária do ICMS, que sobrecarrega o capital de giro das empresas e compromete o fluxo de caixa. A expectativa é de que a reforma tributária acabe com esse mecanismo, trazendo algum alívio para os lojistas.


O documento também propõe caminhos: desde consultorias especializadas, parcerias com entidades de classe e formação de cooperativas, até o fortalecimento do planejamento estratégico como ferramenta essencial para adaptação ao mercado.


Responsável por cerca de 10,4% do PIB nacional em 2024, com valor estimado em R$ 1,2 trilhão, o setor comercial continua sendo peça-chave para a economia e o emprego. O estudo serve como base para a formulação de políticas públicas e iniciativas privadas que ajudem a tirar o comércio carioca da estagnação e colocá-lo novamente no trilho do crescimento.


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