Integração do Jaé empaca e preocupa usuários de trens, metrô e barcas

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A dois meses do prazo final prometido por Eduardo Paes, a integração entre o cartão Jaé e os modais intermunicipais do Rio de Janeiro segue travada — e, até agora, nem prefeitura, nem governo estadual dão garantias concretas de que o sistema estará plenamente unificado até 1º de julho. As informações são do Tempo Real.

Anunciado como o bilhete único da nova era, o Jaé continua funcionando apenas nos transportes municipais, enquanto o Riocard ainda é aceito em metrô, trens e barcas. A promessa de integração feita por Paes e reforçada por Cláudio Castro ainda patina entre disputas judiciais, silêncio institucional e um cronômetro que avança sem novidades.

O governo estadual diz que a unificação com o Jaé está “em fase de finalização”, mas condiciona qualquer avanço à aprovação do modelo pelo Judiciário. Já a administradora do Jaé — o Consórcio Bilhete Digital — joga a bola para a prefeitura e garante que apenas segue as diretrizes do poder concedente.

No papel, o prazo segue mantido: a partir de 1º de julho, o Riocard deixaria de ser aceito nos ônibus municipais. Mas o que seria uma modernização do sistema de transportes virou um emaranhado de pendências técnicas e jurídicas. Há uma disputa aberta sobre a venda do controle do Consórcio Bilhete Digital, contestada judicialmente pela empresa BillingPay, fornecedora de validadores, que alega ter direito de preferência na aquisição. O processo segue suspenso por decisão do Tribunal de Contas do Município.

O risco, agora, é que a integração vire mais uma promessa a ser adiada — pela quinta vez. Enquanto a cidade se aproxima da virada de sistema, passageiros ainda não têm a certeza de que conseguirão usar o mesmo cartão entre ônibus, trens, metrô e barcas.

A prefeitura, por sua vez, tem evitado comentar o andamento das negociações. Procurada novamente, não respondeu até a publicação desta nota.

A dúvida que fica: até quando o Jaé vai andar sozinho?