Jaé derrapa de novo e não vai substituir Riocard em julho, admite prefeitura

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Mais um prazo jogado para o segundo tempo. Prometido como substituto total do Riocard a partir de 1º de julho, o sistema de bilhetagem Jaé não vai mais estrear com força total. A informação foi confirmada pela própria secretária municipal de Transportes, Maína Celidonio, que classificou como “confusa” uma transição integral no prazo estabelecido.

O novo discurso é de transição “faseada”, com implementação parcial no início de julho — longe da promessa inicial de cortar o cordão com o Riocard ainda no primeiro semestre. A prefeitura agora negocia com o governo do estado uma nova data e busca viabilizar a operação do Jaé nos modais sob gestão estadual, como trens, metrô, barcas e ônibus intermunicipais — onde o novo cartão ainda não funciona.

No centro do impasse está o Bilhete Único Intermunicipal, que depende de convênio com o estado. Sem ele, não há integração metropolitana — justamente o ponto que a gestão Eduardo Paes (PSD) usou como vitrine para justificar a criação do novo sistema.

Mesmo com o discurso de retomada do controle sobre o transporte público, a Prefeitura segue presa a um velho problema: o Riocard, controlado pelos empresários de ônibus, ainda reina absoluto fora dos modais municipais — mesmo após escândalos, críticas e promessas de ruptura. E o Jaé, por enquanto, continua no quase.

Com informações do Diário do Rio.