O deputado chamou a atenção para a presença confirmada de células terroristas atuantes na Tríplice Fronteira, que divide Brasil, Argentina e Paraguai.
Por Redação
O deputado federal Eduardo Pazuello (PL) vai reiterar seu pedido para realização de uma audiência pública na Câmara Federal com a finalidade de debater a segurança nacional, principalmente da comunidade judaica que vive em território brasileiro, diante da possibilidade de que células terroristas estejam atuando na Tríplice Fronteira (Argentina, Brasil e Paraguai).
A decisão acontece após a prisão de dois homens pela operação Trapiche, deflagrada nesta quarta-feira (08) pela Polícia Federal. Segundo as investigações, os dois homens são brasileiros e foram financiados e aliciados pelo grupo radical libanês Hezbollah. O grupo planejava promover atentados contra prédios da comunidade judaica no Brasil, inclusive sinagogas, aponta a investigação.
O pedido inicial foi motivado pelo ataque terrorista do grupo Hamas a Israel, em 7 de outubro. Um dia após o atentado, Pazuello entrou com um requerimento na Câmara solicitando a convocação da audiência pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO), da qual é membro titular. Agora, diante da confirmação de que grupos terroristas estão realmente agindo em território nacional, o deputado decidiu reforçar seu pedido à Casa.
Para o debate, serão convidados o general de Brigada e Comandante de Operações Especiais do Exército Brasileiro, Andrelucio Ricardo Couto; o Comandante Naval de Operações Especiais da Marinha do Brasil, contra-almirante Claudio Eduardo Silva Dias; o diretor geral da Polícia Federal do Brasil, delegado Andrei Rodrigues; o secretário especial da Receita Federal do Brasil, Robinson Sakiyama Barreirinhas; o coronel da reserva especialista em guerra assimétrica e operações contraterrorismo Alessandro Visacro; e o cientista político Christian Lohbauer.
Pazuello ainda aprovou o envio de uma indicação legislativa ao ministro da Justiça, Flávio Dino, sugerindo a coordenação de estratégias e ações que assegurem o direito à liberdade e ao culto religioso em sinagogas no país.