Polícia Civil cumpre mandados de busca e apreensão contra quadrilha bilionária envolvida em roubo de cabos
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A Polícia Civil do Rio está apertando o cerco contra a máfia do cobre, que causa prejuízo à população que sofre com constante furto de cabos, atrapalhando serviços essenciais. Nesta quarta-feira (18), agentes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) cumprem 35 mandados de busca e apreensão em recicladoras e endereços ligados a operadores financeiros do esquema. A ação é mais uma fase da Operação Caminhos do Cobre, que já apreendeu cerca de 250 toneladas de material furtado desde setembro do ano passado.
Segundo as investigações, o grupo criminoso usava empresas de fachada e recicladoras legalmente registradas para dar aparência lícita ao cobre roubado — principalmente cabos subterrâneos de concessionárias de energia e telecomunicações. Em Nilópolis, uma dessas empresas movimentou sozinha R$ 800 milhões em menos de três anos, valor considerado completamente incompatível com o capital declarado. As movimentações envolvem saques fracionados em espécie, ausência de vínculos formais com os envolvidos e indícios claros de lavagem de dinheiro e receptação qualificada.
A polícia estima que, ao todo, o esquema bilionário dos alvos investigados lavou mais de R$ 2,5 bilhões, usando pessoas físicas e jurídicas interligadas. Parte do lucro ilegal era lavado por meio de empresas fantasmas, com movimentações incompatíveis com qualquer atividade real. A estratégia do grupo ia desde o furto nas ruas até a inserção do material no mercado formal, passando por contabilidade fictícia, falsos funcionários e suporte logístico paralelo.
A Caminhos do Cobre já fiscalizou mais de 260 estabelecimentos e realizou cerca de 90 prisões em flagrante. Para a DRF, essa é uma das maiores ações já realizadas no estado contra a infraestrutura financeira do crime patrimonial.
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