Polícia prende oito por extorsão e controle criminoso na Uruguaiana

Polícia Civil e MPRJ fazem operação no Camelódromo da Uruguaiana, no Centro do Rio — Foto: Reprodução/ TV Globo

A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio deram mais um passo firme contra o crime organizado nesta quinta-feira (22), com a deflagração da Operação Feira Livre 2. O alvo foi uma quadrilha que havia se infiltrado na administração do camelódromo da Uruguaiana, no Centro do Rio, onde montou um verdadeiro esquema de extorsão, usurpação de função pública e lavagem de dinheiro. Oito criminosos já foram presos, e 14 foram denunciados formalmente. Entre eles, um policial civil aposentado e um policial penal.

Segundo a investigação conduzida pela Draco-IE e pelo Gaeco/MPRJ, o grupo se apropriou da Associação Comercial da Uruguaiana para explorar ilegalmente o espaço público e extorquir comerciantes por meio de “taxas sociais” e “taxas de segurança”. Quem se recusava a pagar era punido com cortes de energia e ameaças. A "segurança" do local era feita por homens armados a serviço da quadrilha.

O esquema movimentou cerca de R$ 7 milhões e incluía a venda e aluguel clandestinos de boxes, além do uso de laranjas e empresas de fachada — até uma lavanderia era usada para lavar o dinheiro do crime.

A atuação rápida e firme da Polícia Civil e do Ministério Público reforça que o Estado tem lado: o da legalidade, da ordem e da proteção ao trabalhador honesto. Quem tentou transformar o camelódromo em território de milícia comercial, agora, terá de se explicar à Justiça.

O espaço, que foi interditado após um incêndio em janeiro, será completamente revitalizado pela Prefeitura do Rio. A nova estrutura terá quatro andares, cerca de 1,6 mil boxes, área de alimentação, espaços técnicos e um moderno sistema de combate a incêndios. Além disso, está prevista a criação de um boulevard entre a Rua Uruguaiana e a Presidente Vargas, reurbanizando todo o entorno.

Com informações do G1.