Quadrilha de furto de cabos que movimentou R$ 200 milhões é alvo de operação da Polícia Civil
- Portal Notícias
- 24 de abr.
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A Polícia Civil do Rio deflagrou nesta quinta-feira (24) a segunda fase da Operação Caminhos do Cobre, contra uma organização criminosa especializada no furto de cabos subterrâneos de energia e telecomunicações. A quadrilha, que atuava com apoio do tráfico e usava disfarces para enganar empresas e autoridades, teria movimentado até R$ 200 milhões com o esquema. Cinco suspeitos já foram presos.
O grupo utilizava caminhões e ordens de serviço falsas, além de uniformes clonados de concessionárias para arrancar cabos inteiros do subsolo — quase sempre durante a madrugada, com batedores armados em motocicletas garantindo a segurança da ação. A estrutura criminosa se estendia até ferros-velhos e siderúrgicas que receptavam o material, inclusive em galpões ligados aos próprios líderes da quadrilha, em regiões como Queimados, Fallet (Centro do Rio) e Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo.
Durante as diligências de hoje, policiais chegaram a ser recebidos a tiros em comunidades controladas por facções. A operação conta com apoio da Polícia Civil do Paraná e cumpre 46 mandados de busca e apreensão no Rio e em São Paulo, além de cinco mandados de prisão preventiva. A Justiça também determinou o bloqueio de até R$ 200 milhões em contas bancárias e ativos financeiros ligados à organização.
As investigações revelam um esquema sofisticado de lavagem de dinheiro, que incluía empresas de fachada nos setores de alimentos e comunicação, compra de veículos de luxo, notas fiscais frias e contratos simulados. O líder da quadrilha, preso pela polícia do Paraná, também atuava como contador do tráfico do Fallet, articulando a conexão entre traficantes e fornecedores de drogas de outros estados.
A companheira dele assumiu o comando após sua prisão e passou a coordenar os pagamentos e a estrutura de fachada usada para dar aparência legal ao lucro obtido com os furtos. No total, 22 integrantes do grupo já foram denunciados. Segundo a Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), que conduz as investigações desde 2022, já foram mais de 40 prisões desde o início da primeira fase da operação.
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