Valor é o maior para o mês de abril e para os quatro primeiros meses do ano desde o início da série histórica, em 1995
Via Metrópoles
A arrecadação da Receita Federal chegou a R$ 195 bilhões em abril de 2022, o maior valor desde o início da série histórica, em 1995, tanto para o mês de abril quanto para os primeiros quatro meses do ano – R$ 743,2 bilhões.Os números foram divulgados nesta quinta-feira (26/5) pelo Ministério da Economia.
A pasta ressaltou que a arrecadação registrou um acréscimo real (IPCA) de 10,94% em relação a abril de 2021. No quadrimestre acumulado (de janeiro a abril de 2022), o valor arrecadado de R$ 743,2 bilhões representa um acréscimo de 11,05% pelo IPCA.
Segundo o ministério, a explicação para o acréscimo é o aumento dos recolhimentos, principalmente de Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPS) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). No total, essas tributações arrecadaram R$ 48,104 bilhões em abril, valor que representa crescimento real de 21,53%.
Houve um aumento de 36,11% na arrecadação da estimativa mensal; de 12,24% na arrecadação do balanço trimestral; e de 11,39% na arrecadação do lucro presumido. Nos primeiros quatro meses do ano, IPRJ e CSLL arrecadaram R$ 196,69 bilhões, um crescimento real de 22,57%.
“Importante observar que houve pagamentos atípicos de, aproximadamente, R$ 3 bilhões por empresas ligadas ao setor de commodities”, destaca o órgão. No quadrimestre, “houve pagamentos também atípicos da ordem de R$ 18 bilhões, feitos por empresas ligadas a esse setor”.
Previdência
A arrecadação da Receita Previdenciária totalizou R$ 42,6 bilhões neste mês, um acréscimo real de 7,69%. “Esse resultado pode ser explicado pelo aumento da massa salarial por meio da criação de novos postos de trabalho e pelo bom desempenho da arrecadação do Simples Nacional em relação à abril de 2021.”
Nos quatro primeiros meses, a arrecadação da Receita Previdenciária ficou em R$ 170,9 bilhões (acréscimo real de 4,77%).
Rendimentos de Capital (IRRF) tiveram arrecadação de R$ 5,96 bilhões (acréscimo real de 61,93%), valor influenciado pelos acréscimos nominais de 390% nas arrecadações via fundos de renda fixa e pelo aumento de 133% nas arrecadações via aplicações de renda fixa, tanto para pessoas físicas como para jurídicas.
No quadrimestre, essa arrecadação ficou em R$ 22,56 bilhões (acréscimo real de 46,49%), resultado obtido graças aos acréscimos nominais de 316% na arrecadação com fundos de renda fixa; e de 125% com aplicações de rendas fixas.