Rio 2026: Bacellar avança na segurança, e Paes corre com Guarda armada
- Portal Notícias
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A pouco mais de um ano da eleição estadual, a segurança pública já começa a desenhar o cenário do embate entre o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União), e o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), pré-candidatos ainda não assumidos ao Palácio Guanabara. Com trânsito livre no Palácio Guanabara e cada vez mais identificado com a pauta da segurança, Bacellar desponta como o nome mais alinhado às demandas da população fluminense — enquanto Paes tenta forçar protagonismo com um projeto ainda em construção.
Nesta semana, o deputado participou, ao lado de Cláudio Castro (PL), da entrega de 205 viaturas semi-blindadas à Polícia Militar. Na ocasião, foi elogiado pelo governador, que creditou ao presidente do Legislativo a articulação para convocar os aprovados no último concurso da corporação. Em paralelo, o programa Segurança Presente — comandado anteriormente por Bacellar — será ampliado com reforço de agentes e novas bases, inclusive voltadas ao combate à violência contra mulheres.
Enquanto isso, Eduardo Paes corre para tirar do papel seu projeto de tropa armada na Guarda Municipal, orçado em mais de R$ 200 milhões para 2026. Mesmo sem aprovação final da Câmara dos Vereadores, o prefeito se antecipou e publicou o edital para a seleção interna de agentes. O treinamento deve começar em setembro, segundo estimativas da gestão municipal, com estreia nas ruas prevista para fevereiro do ano eleitoral.
Vale lembrar, no entanto, que o texto ainda vai passar por segunda votação antes de começar a valer, e deve sofrer alterações. Entre os pontos polêmicos estão a contratação de temporários e a proibição de portar arma fora do expediente. Para evitar mais rusgas na Cinelândia, a prefeitura, no entanto, já admite mudanças como a obrigatoriedade do uso de câmeras corporais. A nova tropa, comandada pelo secretário Brenno Carnevale — atual secretário de Ordem Pública de Paes —, deve atuar em áreas com alto índice de roubos, como as regiões das delegacias da Presidente Vargas, Praça Mauá e Mem de Sá.
Nos bastidores, a pressa do prefeito carioca em acelerar o projeto é atribuída a sua intenção de disputar o governo do estado, embora Paes evite confirmar a candidatura publicamente. O PSD, legenda do moço, já se movimenta fora da capital, buscando apoio em redutos como São Gonçalo e Itaboraí.
Do lado do União Brasil, Bacellar reforça seu vínculo com o Segurança Presente em agendas públicas e programas partidários nas mídias. O programa, com mais de 50 bases espalhadas pelo estado, emprega cerca de 1.600 PMs em dias de folga, e agora contará com novos núcleos em Jacarepaguá, Marechal Hermes e na Tijuca, onde será lançado o programa Mulher Presente, voltado ao combate à violência contra a mulher. Para sustentar a expansão, o governo abriu concurso para 1.212 agentes civis voluntários, que vão trabalhar ao lado de policiais militares, dando apoio nas abordagens de proximidade.
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