A audiência com a concessionária Águas do Rio foi realizada após denúncias sobre interrupções e má qualidade na prestação dos serviços em Miracema e na Baixada Fluminense.
Por Redação
Após uma audiência pública realizada pela Comissão de Saneamento Ambiental da Alerj, na semana passada, a deputada estadual Célia Jordão (PL) cobrou publicamente da concessionária Águas do Rio providências para acabar de vez com os problemas de abastecimento na cidade. A audiência foi realizada após denúncias sobre interrupções e má qualidade na prestação dos serviços em Miracema e na Baixada Fluminense. Na ocasião, moradoras da cidade mostraram um vídeo no qual era possível ver água de coloração escura distribuída na região.
"A população de Miracema precisa ser tratada com respeito. A concessionária Águas do Rio não pode continuar cobrando por uma água suja e insalubre. Os moradores da cidade não aguentam mais tamanho descaso. Na Alerj, vamos acompanhar de perto e cobrar uma solução definitiva da empresa responsável”, ressaltou a deputada, que possui um gabinete de apoio parlamentar em Miracema para atender às demandas da população do Norte e Noroeste do Estado.
Presente na audiência, o presidente da Câmara Municipal de Miracema, Genessi Rodrigues, fez um pedido de socorro em nome da população da cidade: "Miracema pede socorro. O desabastecimento é constante e a água fornecida é de péssima qualidade. A Águas do Rio já foi diversas vezes convocada a comparecer para dar explicações na Câmara Municipal, mas, até agora, nada foi feito. Hoje, estamos aqui pedindo socorro, para atender nossa população com dignidade", ressaltou o vereador.
Moradoras de Miracema que participaram da audiência denunciaram que as pessoas não têm água de qualidade nem para lavar roupa, nem para fazer comida. Além disso, afirmaram que os funcionários da concessionária estão chegando na casa das pessoas sem nenhuma notificação e passam a cobrar uma conta arbitrária antes mesmo de instalar o hidrômetro.
O ex-prefeito do município, Juedyr Orsay, alegou que, entre as cidades no Noroeste fluminense, Miracema foi a que mais perdeu com a concessão: "Antes, existia uma superintendência da Cedae na cidade e, quando levei a ela o projeto da obra do esgoto para a cidade, nós detectamos que 60% da tubulação que leva água para a população ainda é de cano de amianto. Quais os investimentos foram feitos pela Águas do Rio em Miracema? Até agora, só vimos cobrança aos usuários", afirmou Juedyr.